A Raízen, braço sucroenergético do Grupo Cosan, espera moer um volume 10% maior na próxima temporada, chegando a 62 milhões de toneladas de cana e ter um mix mais alcooleiro. Esse volume estaria abaixo da capacidade de 65 milhões da empresa, segundo o presidente, Marcos Lutz, nesta terça-feira em entrevista a Agência Reuters. O mix da Raízen será mais alcooleiro pois segundo Lutz, o preço do etanol está mais compensador do que do açúcar, mas com as indefinições do clima, ainda é incerto afirmar. No entanto admite que 56% da matéria-prima poderá ser direcionada para o biocombustível.
A grande questão para não atingir a capacidade de moagem total é a falta de cana, enfrentada por diversas empresas do setor nessa temporada. Na safra passada, a empresa processou 56,2 milhões de toneladas de cana.
Os números batem com as estimativas divulgadas pelo vice-presidente de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen, Pedro Mizutani, em março último. Segundo ele, o incremento na produtividade virá da recuperação prevista na região Centro-Sul. “Ainda é cedo para falar sobre produtividade, já que isso depende muito do clima, mas a expectativa é moer entre 60 a 62 milhões de toneladas”.