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Produtores apostam na cachaça bidestilada

Para aumentar as vendas externas e internas, os produtores de cachaça estão investindo na bebida bidestilada e envelhecida, desenvolvida pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), de Piracicaba (SP).

A bebida passa por uma nova destilação, para eliminar resíduos nocivos, que dão a sensação de queimação na garganta e o odor forte, característicos das bebidas artesanais de baixa qualidade.

Um dos produtores de cachaça bidestilada é a Cachaça da Diretoria, de São Pedro, a 1.100 metros de altitude, feita com água mineral natural de poços artesianos com 350 metros de profundidade e com a consultoria do professor da Esalq, Fernando Valadares, responsável pelo desenvolvimento dos aguardentes bidestilados no País. A empresa recebe visitas monitoradas de turistas para conhecer o processo de fabricação e envelhecimento.

A produção brasileira de cachaça alcança 1,3 bilhão de litros por ano, mas as exportações são de apenas 20 milhões, por causa da falta de qualidade das cachaças artesanais.