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Até mesmo a bancada do governo federal, que a princípio poderia ser contra ao benefício da subvenção, recuou e apoiou na noite de ontem (19/3) a MP 587 na Câmara dos Deputados, que concede a subvenção aos produtores nordestinos. Os parlamentares da base e da oposição votaram a favor da extensão dos benefícios financeiros aos canavieiros que sofrem com a maior seca dos últimos 40 anos. Agora a Medida Provisória segue para votação do Senado, e, se favorável, segue para sanção da presidente Dilma Rousseff. O presidente do Senado, Renan Calheiros, assegurou recentemente que vai ajudar no que for possível para que os efeitos da seca sejam, o mais breve possível, debelados.
Os agricultores, segundo o artigo 8 aprovado, serão contemplados com a subvenção de R$ 10 por tonelada de cana fornecida às usinas na safra 2011-12, limitada a 10 mil toneladas.
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O líder do governo na casa legislativa, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), decidiu retirar o destaque do artigo 8, liberando a bancada governista para votar a favor da subvenção aos fornecedores de cana. A ação contemplou o desejo do deputado baiano, também do PT, Amauri Teixeira, que solicitou sensibilidade do governo para socorrer os pequenos e médios produtores.
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Para o deputado Júlio Cesar (PSD-PI), o suporte financeiro deveria ser ainda maior. “A quantia deveria ser de R$ 20, visto o grande prejuízo da estiagem prolongada”.
O deputado Alagoano Arthur Lira, enfatizou que o subsidio para os canavieiros é legítimo e digno. O líder do Partido Progressista na Câmara lembrou que a seca ultrapassou a fronteira do semiárido, chegando a Zona da Mata nordestina.
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O líder dos Democratas, o deputado goiano Ronaldo Caiado, que declarou apoio a inclusão do artigo 8, ressaltou a importância da cultura canavieira para a região e disse que o valor poderia ser maior por conta do grande déficit produtivo em que vive o setor agrícola regional.
Satisfeito, o9 presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana, Alexandre Andrade Lima, aproveita para agradecer aos deputados pela sensibilidade, com destaque a Pedro Eugênio (PT-PE), que encaminhou a emenda à MP 587, e ao deputado relator Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE).
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