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Região Norte sofre com migração de usinas

Integra a região Norte o município alagoano com o segundo menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado: Porto de Pedras, com IDH de 0,499. A área que há mais de 400 anos foi o um marco na história da colonização de Alagoas, hoje apresenta baixo crescimento econômico, intensos conflitos agrários e concentração de assentamentos. Pela análise do economista e secretário de Desenvolvimento Econômico, Arnóbio Cavalcanti, ocorreu uma migração do setor sucroalcooleiro da região Norte para áreas de tabuleiro, mais planas e com abundância de água na área Sul do Estado.

“É a própria dinâmica da economia, onde ao Norte, a cana foi substituída pela criação de gado, que expurga o homem do campo”, afirma Arnóbio. Enquanto ao Norte, a bacia hidrográfica é composta pelos rios Maragogi, Manguaba, Camaragibe, Mundaú e Paraíba. Ao Sul, encontra-se o São Francisco, Marituba, Piauí, Coruripe, Jequiá, São Miguel e Sumaúma.

Histórico

O setor sucroalcooleiro passou por mudanças estruturais na década de 30, com Getúlio Vargas, quando a sua política desenvolvimentista criou o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA). A partir desse tempo, os antigos engenhos são transformados em usinas. Durante os anos 70, foi criado o Pró-Álcool recebendo as unidades anexas às usinas: as destilarias.

Nos anos 80, cinco usinas fecharam, mas houve um movimento migratório para a região Sul, explicado pelos números: nos últimos 15 anos, a produção da agroindústria do açúcar subiu de 40 toneladas opor hectare para 100 toneladas por hectare.

A saída repensada para o Norte foi o pólo de turismo integrado com agricultura familiar e investimentos em engenhos de cachaça e açúcar mascavo.

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