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"Para controlar a ferrugem, é preciso trocar as variedades", diz especialista

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Com a afirmação de que é preciso trocar as variedades de cana suscetíveis a doença da ferrugem alaranjada e marrom, o especialista Álvaro Sanguino, consultor da Asas, abriu sua palestra na tarde de ontem (5/3), na 1ª reunião do Grupo Fitotécnico em 2013, em Ribeirão Preto (SP).


Sanguino afirma que existem mais de 200 variedades disponíveis no mercado mas mesmo assim, muitas usinas continuam plantando em boa parte de sua área, plantas suscetíveis como a RB 72 454. “Dentre essas creio que há mais de 150 variedades de cana resistentes no mercado. Mas plantar novas variedades sem empregar tecnologia, não solucionará os problemas. Troquem essas antigas variedades pelas novas pois os melhoristas trabalham em nosso benefício”, diz.

Para o especialista, não existe receita milagrosa para tratar doenças foliares. “Não acredito que vamos vencer a ferrugem com fungicida pois não é possível um controle pleno, de 100%. A não ser que existissem fungicidas sistêmicos que durassem meses no campo. Temos que combater a ferrugem no início da vegetação da cana e evitar plantar mais 15% ou 20% de variedades suscetíveis nos canaviais pois isso limita a capacidade de controle da doença, que é muito influenciada pelo ambiente”, explica.

Ele também chamou a atenção para um fato novo que está surgindo. “Com o advento da colheita mecanizada, muitas doenças antigas estão voltando aos canaviais. Teremos que nos preocupar com essas doenças e principalmente com as perdas dos colmos”, lembra.

O evento também recebeu a presença do professor Modesto Barreto, da Unesp de Jaboticabal, que falou sobre Etiologia e Sintomatologia das Ferrugens da cana; a empresa DuPont apresentou sua contribuição para o tema; em seguida, aconteceu um debate sobre práticas culturais para o controle da ferrugem no canavial com depoimento de alguns produtores.

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