Mercado

Álcool é usado cada vez mais para o abastecimento de motocicletas

O setor sucroalcooleiro está descobrindo que além da adição de 25% de álcool à gasolina, das conversões dos motores e do fato de grande número de motoristas praticar, em todo o País, o chamado “rabo de galo”, ou seja, a mistura de álcool à gasolina em volumes muito maiores, agora chegou a vez das motocicletas.

Em todo o território nacional, milhares de motos estão sendo convertidas para o consumo de álcool, o que pode ser feito em qualquer oficina especializada, a valores acessíveis, entre R$ 15 e R$ 20.

Quem ainda não converteu, está fazendo a mistura por conta. Entre os motoboys, que circulam durante todo o dia nas cidades brasileiras, a grande maioria já aderiu ao consumo de álcool, hoje cerca de 70% mais em conta que a gasolina.

Econômica, uma motocicleta pode até ter um consumo pequeno, ao redor de 20 quilômetros por litro, mas o crescimento vertiginoso desse novo filão, a continuar assim, poderá acabar respondendo nos próximos anos por uma parcela nada desprezível do montante de álcool despejado pelas usinas no mercado.

Recentemente, dirigentes do setor sucroalcooleiro do Paraná, reunidos em Curitiba, decidiram visitar alguns postos onde constataram informalmente junto aos frentistas, o surgimento desse novo tipo de cliente para o álcool.

Este ano, a produção paranaense, a cargo de 27 destilarias, deverá ficar em 1,1 bilhão de litros, uma pequena parte do volume nacional da safra em andamento, estimado ao redor de 13 bilhões de litros.

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