Tudo aconteceu como uma tormenta. Não se sabe ao certo se ela já passou totalmente. Algumas tempestades remanescentes ainda causam sustos. O fato é que a crise freou o crescimento do setor sucroenergético brasileiro, abalou seriamente diversas usinas e destilarias e soterrou alguns planos.
Apesar das incertezas e indefinições, o momento de “juntar os cacos”, elaborar novas estratégias e iniciar o processo de reconstrução e crescimento já chegou, conforme a opinião de alguns representantes do setor. Outros não veem, no entanto, sinais concretos de que a temporada de instabilidades tenha ficado para trás.
Até mesmo a declaração da presidente Dilma Rousseff, durante a abertura de um seminário em Madri, na Espanha, em 19 de novembro, gerou polêmica. Ela disse que o Brasil vai ter um novo surto de investimentos na área de etanol, o que vai melhorar a competitividade do setor.
Há quem considere que essa afirmação não é baseada em algo palpável. Para alguns, a atitude da presidente indica que medidas concretas – conhecidas também como políticas públicas – serão adotadas e vão definir novos rumos para a atividade sucroenergética.
Em meio a expectativas, fica uma pergunta no ar: O setor está preparado nas áreas agrícola, industrial e de logística para dar conta da demanda que deverá ocorrer no caso de uma retomada do crescimento?
De acordo com projeções da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o Brasil precisará moer 1,2 bilhão de toneladas de cana-de-açúcar até a safra 2020/21 para atender as necessidades de produção e consumo. Este total equivale a superar o dobro da cana moída na safra 2011/12 que alcançou 560 milhões de toneladas.
Mas, por que haverá necessidade de tanta matéria-prima? No caso do etanol, o aumento de produção de cana estará voltada para atender 50% do consumo de combustível da frota brasileira de carros flex, exportar etanol para os principais mercados estrangeiros e ainda criar condições para manter a participação brasileira no mercado internacional de açúcar.
Leia matéria completa na Ediçãi 2012 da Revista MasterCana