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Especialistas analisam as perspectivas de fontes energéticas não-fósseis no País

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As fontes renováveis de energia estão ganhando cada vez mais força e crescem na esteira do debate sobre o aproveitamento máximo do potencial hidrelétrico do País. Até 2012, as opções de energia ‘limpa’ devem representar cerca de 20% da matriz energética do País, incluindo a biomassa. Até 2021, o governo e empresários poderão investir mais de R$ 80 bilhões em fontes de energia renovável.

Esse cenário, que motivou a realização do “Debater – tudo sobre energia renovável, de forma nada convencional”, no mês de outubro, em São Paulo, SP. Sob a mediação do jornalista Paulo Henrique Amorim, apresentaram suas teses o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, o diretor de Estudos Econômico-Energético e Ambientais da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Amílcar Gonçalvez Guerreiro, o coordenador do Programa Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, Carlos Rittl, e a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo.

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Gustavo Loyola abriu a série de comentários, afirmando que as perspectivas econômicas para o Brasil são positivas. “Estamos saindo da crise norte-americana, a pior desde a Segunda Guerra Mundial”. Para ele, o País reúne condições institucionais para atrair investimentos, como um dos líderes do crescimento mundial. Já Amílcar Guerreiro preconizou a expansão da oferta de fontes renováveis nos próximos anos. Segundo ele, “há desafios do ponto de vista ambiental, no tocante ao prolongamento das licenças eólicas no Nordeste”.

Elbia Melo defendeu nos investimentos de longo prazo e criticou o fim dos contratos de concessão de energia elétrica em 2015. Em sua opinião, as estatais continuam sendo as grandes investidoras desse mercado. Carlos Rittl afirmou: “É preciso identificar potenciais da biomassa, da energia solar, das grandes e pequenas centrais hidrelétricas, o que podemos aproveitar e de que forma”. No tocante à biomassa, uma de suas principais vantagens é o seu aproveitamento direto por meio de combustão da matéria orgânica em fornos ou caldeiras. Hoje, a biomassa vem sendo muito utilizada na geração de eletricidade, sobretudo em sistemas de co-geração e no suprimento de eletricidade de comunidades isoladas da rede elétrica.