Um ano sofrido, de retração na produção e consequentemente nos investimentos. Os problemas climáticos também apareceram, aumentando a angústia de um segmento que luta por apoio do governo. Este foi 2012 para o setor sucroenergético, que aproxima-se do fim, mas discutindo os problemas do começo, quando as indagações de como sair da crise surgiram.
Uma das maneiras de se crescer é investir em pesquisas e estudos. Foi o que ressaltou Antonio Cesar Salibe, presidente da Udop – União dos Produtores de Bioenergia. Segundo ele, as alterações sofridas no campo, como o plantio e a colheita mecanizados, necessitam de estudos recentes que tragam novas formas de manejo. “A cana plantada e colhida mecanicamente é completamente diferente do que se via antigamente. É preciso evoluir”, explicou.
Referência no setor, Salibe lembra da década de 70, quando eram feitas pesquisas que ajudaram a desenvolver a cultura, mas que, infelizmente, se estagnaram. “Naquela época, tínhamos a Copersucar e outras instituições fazendo pesquisa em cana-de-açúcar. Com isso, nós evoluímos e aumentamos a produção. Contudo, hoje, muitas entidades trabalham com etanol de segunda geração, outras com variedades de cana-de-açúcar, mas não temos nenhuma entidade trabalhando com cana de primeira geração. Para que possamos evoluir e chegar ao etanol de segunda geração, precisamos de um sistema de produção eficiente. É necessário aumentar a produtividade, chegando, no mínimo, a 100 toneladas por hectare para baixar os custos de produção”, finalizou.