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Indicadores mostram sinal verde para aumento da gasolina

Os mais recentes indicadores inflacionários mostram que o sinal verde do governo para a Petrobras reajustar os preços dos combustíveis pode estar próximo.

Contra o receio de um adiado aumento ser integralmente repassado às bombas, pressionando índices gerais de preços, a tendência é de a inflação desacelerar, graças ao recuo de cotações de alimentos.

Essa pode ser a folga para a estatal calibrar as tabelas de gasolina e diesel. Segundo especialistas, as diferenças entre os valores artificialmente baixos no país em relação à média dos cobrados no exterior são de 27,5% para gasolina e 33% para o diesel.

Essa distorção já acarretou perdas à Petrobras de R$ 22 bilhões desde 2011. A primeira prévia do IGP-M, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e conhecido como inflação de aluguel, apresentou em novembro deflação de 0,19%, após registrar alta de 0,31%, em igual prévia no mês passado.

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) revisou para baixo seu Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para o fechamento de novembro, de 0,68% para 0,67%.

O mercado mantém a estimativa para 2013 da inflação oficial %4 o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) %4 em 5,4%.

Heron do Carmo, professor da Faculdade de Economia (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), avalia que há espaço nos indicadores gerais de preços para um aumento dos combustíveis entre o fim do ano e o começo do próximo, sem ameaçar o teto da meta anual do Banco Central (BC), de 6,5%.

“O setor agrícola continuará tendo cotações rentáveis à atividade e o cenário geral da inflação no país em 2013 está mais tranquilo do que a maioria dos analistas supõe”, acredita.