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Seca reduz 35% produção canavieira de PE; prejuízo atinge R$ 215 milhões

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Mais de 12 mil produtores de cana, representados pela Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), amargam os resultados da maior seca dos últimos 30 anos, que forçará uma redução de aproximadamente 35%. Além dos problemas com a estiagem, a Associação informa que o setor ainda convive com a desvalorização de 15% no valor de mercado do preço da matéria-prima e com prejuízos que atingem R$ 215,00 milhões. O cenário foi apresentado ao deputado Aloísio Lessa (PSB) nessa terça, e que posteriormente levará a situação à Assembleia Legislativa e ao Governo do Estado.

A entidade adianta que cerca de 2,5 milhões de toneladas de cana deixaram de ser produzidas pelos fornecedores independentes em função da redução da safra e o déficit corresponde a R$ 160 milhões. “O prejuízo é ampliado quando somado às perdas em relação à redução de 15% no valor do preço da cana. Quando o índice é calculado no total de toda produção, pede-se R$ 55 milhões”, revelou o produtor Paulo Guedes, vice-presidente da Associação.

Segundo ele, faltará recurso para investir nos tratos dos canaviais na próxima safra.Desde março chove abaixo da média na região dos canaviais. “Além de prejudicar a atual produção de açúcar e etanol, a seca ainda impedirá o investimento nos canaviais em 2013, uma vez que ela comprometeu cerca de 50% do faturamento do setor”, contou o vice-presidente ao deputado na reunião realizada nesta terça-feira, na sede da entidade.

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Diante dos dados apresentados pela entidade e também da situação de várias cidades da Zona Mata em estado de emergência, o deputado solicitou as reivindicações do setor para apresentá-las na Assembleia Legislativa e ao governador Eduardo Campos. “Os produtores da Mata também precisam de programas e ações públicas contra a estiagem prolongada. Sem o trato das terras, haverá redução significativa da cana, logo, da produção de açúcar e etanol e impostos oriundos deles”.