
Uma expedição idealizada por Tercio Dalla Vecchia, CEO da Reunion Engenharia, deverá percorrer mais de 10 mil km entre Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte, Nordeste e usinas da América Latina. Os ‘Cantões da Cana’ serão percorridos em um ano por estradas, segundo expectativa de Dalla Vecchia, CEO da Reunion Engenharia e idealizador do projeto. A última viagem recente aconteceu nas usinas Rio Vermelho, de Junqueirópolis e na Clealco, de Clementina, ambas no interior de São Paulo.
Em sua expedição, o empresário da Reunion resgata diversas histórias das unidades industriais, como é o caso da Usina Rio Vermelho, idealizada por um fazendeiro oriundo de Itápolis, que possuía terras e teve a ideia de construir uma pequena usina, de 500 mil toneladas, para somente consumir a cana produzida na própria fazenda.”Com o tempo, o ex-controlador Antonio Eduardo Garieri, sentiu a necessidade de aumentar sua produção para um milhão, pelo menos, e assim foi investindo. Com o advento das crises, precisou vender a Companhia até chegar à trading suíça Glencore, instalada no Brasil há alguns anos com ativo em açúcar e com a pretensão de ingressar plenamente no mercado de etanol”, revela Dalla Vecchia, em conversa com o diretor superintendente, Jean Lesur.
wp_posts
A Rio Vermelho está sendo projetada com capacidade de 2,7 milhões de toneladas de cana usando uma produtividade média de 81 ton/ha. Segundo Jean Lesur, para atingir os 3 milhões usando o mesmo latifúndio, a empresa terá que mudar de 81 para 85 ton/ha; ação possível, “mas requer outro nível de investimento”.
wp_posts
A outra unidade visitada foi a Clealco de Clementina. Dalla Vecchia afirma que aatitude, perseverança e entusiasmos, do prefeito, na época, uniu 48 desbravadores para dar início ao projeto da Usina com apenas um engenheiro com conhecimento de causa. “Edson Pizzo, acionista do Grupo Clealco, contou que o processo inicial foi para ver se plantar cana havia algo diferente do que eles estavam acostumados que era criar gado”.
wp_posts
Dalla Vecchia afirma à partir da passagem de algumas crises, o grupo foi se diluindo e acabou reduzido, mas os investimentos e a compra de equipamentos para ter matéria prima, sempre foram priorizados, pois usina sem matéria prima não sobrevive.
wp_posts
“Isso é o que consolida o sucesso da Clealco; a gente deixou de comprar cana de acionistas, porque acionistas plantavam cana, não havia outros fornecedores e passamos a dar o dinheiro paras as pessoas plantarem cana, pois se pagássemos pela cana eles investiriam o dinheiro em gado, pois essa era a mentalidade das pessoas da época e nós ficaríamos sem matéria prima, sendo assim nós comprávamos adubo, auxiliávamos a aquisição de crédito, junto aos bancos para influenciá-los a plantar cana”, explicou Pizzo.
wp_posts
Sobrevivente de uma grave crise financeira, financiada pela trading Glencore com pagamento em açúcar, a Clealco se reergueu e hoje atua com uma produção 80% açúcar e 20% etanol. A moagem de cana na Unidade I chega a 3,5 milhões por ano e na Unidade II, 4 milhões de cana, mas possui capacidade para moer 6 milhões.
wp_posts
“Este ano já plantamos 30 mil hectares de cana e para o ano que vem temos a previsão de mais 30 mil para ampliar para 7 milhões, com isso, pretendemos chegar a 10,5 milhões nas duas unidades”, relatou Pizzo.
wp_postswp_posts
Para Tercio Dalla Vecchia, que está participando dessas visitas, isto tem sido um momento ímpar. “Sinto-me honrado por concretizar essa Expedição. Sei que a caminhada é longa, mas ao concluirmos esta primeira fase, é possível constatar como é rica a cultura da cana-de-açúcar”, lembrou.
wp_posts
A Expedição conta com o apoio dos patrocinadores: Run Time, Complastec, Welding, Lumobras, Maubisa, Alvenius Metalcoating, Bortolot, Planusi, JornalCana/BIO&Sugar, CEISE Br, Dedini, Raízen, JSM Assessoria de Imprensa e Mr. Veggy.
wp_postswp_posts