Mercado

Brasil corre riscos com exportação de etanol

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Muito se fala na quebra de safra do milho nos Estados Unidos e da briga interna para desviar a matéria-prima para beneficiamento de alimentos, em vez de seu uso para combustível. Esse risco o Brasil não corre porque o etanol de cana não concorre com alimentos, mas se o volume de exportação de etanol brasileiro aumentar, o risco poderá ser outro. Para Paulo Costa, diretor da AgropCom, ao contrário de uma oportunidade, a aceleração da exportação poderá representar um risco para os produtores brasileiros. “Nada muda para o mercado brasileiro de etanol porque não conseguimos produzir sequer o volume de anidro necessário para justificar a volta da mistura de etanol à gasolina para o patamar de 25%. Presenciamos de julho a agosto o aumento do volume de exportação de etanol, mas foi uma saída de álcool hidratado para outros fins que não o combustível e também de volumes de hidratado para unidades desidratadoras do Caribe e América Central. Na situação em que nos encontramos, com grandes volumes de importação de gasolina, e impossibilitados de aumentar a mistura, temo que o governo brasileiro possa criar um artifício para impedir a saída de etanol anidro”, lembra.

Para o executivo, a prioridade é suprir o mercado doméstico antes de qualquer projeção para aumento nas exportações. “Os EUA já se arrumaram com a questão da seca e a quebra de safra do milho. A produção de etanol diminuiu seguidamente com a elevação do preço do milho. A subida do preço de etanol nos EUA não acompanhou a alta do milho e algumas indústrias de etanol suspenderam temporariamente sua produção. Apesar do grande “lobby” que foi feito para que fosse suspensa a obrigatoriedade de mistura (10%), a EPA (Environmental Protection Agency), sequer se manifestou”, diz.

Leia a matéria completa na edição 225 do JornalCana.