As mudanças no mercado consumidor fazem com que as usinas busquem melhorias em todas as suas etapas de produção. No caso do açúcar, hoje, é preciso investir em recursos industriais para a manutenção do padrão nas etapas posteriores, como secagem e armazenamento.
Até o início da década de 90, as especificações de qualidade eram definidas pelo extinto Instituto de Açúcar e Álcool (IAA). Hoje quem faz essa determinação são os compradores. “Com isso, o rigor em relação à qualidade é bem maior”, diz o coordenador de qualidade do Grupo Barralcool, Leandro Patrocínio.
Antes produzidos para refinarias ou exportação, o que não demandava grande exigência de qualidade, atualmente o açúcar é fabricado com especificações pré-determinadas para cada aplicação.
Para Barralcool, localizada emBarra do Bugres (MT),a adaptação a essas exigências demandou alterações estruturais no processo, como a troca de equipamentos antes confeccionados a base de aço-carbono por linhas e equipamentos de aço inox, até controles automáticos totais da cadeia partindo da matéria-prima até o final do processo na estocagem do produto.
“A certificação ISO 22000 é uma realidade vivenciada pelos nossos colaboradores com as mudanças estruturais e culturais através de vários treinamentos. Tivemos um grandioso investimento no armazém de açúcar e todo o processo de envaze. Os processos de secagem e armazenagem se tornaram etapas fundamentais”, diz o diretor executivo Cidimar Sansão.
A empresa produz aproximadamente 60 mil de toneladas de açúcar por safra.