
A preferência do consumidor por carros multicombustíveis segue crescendo. Desde janeiro de 2012, em média, 91% dos licenciamentos de veículos leves no Brasil são deste modelo, o que equivale a mais de dois milhões de unidades vendidas no período.
Analisando especificamente os meses de junho, julho e agosto, os carros flex tiveram seu melhor desempenho no mercado, aumentando a participação para 93% das vendas, segundo dados divulgados no início de setembro pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
O consultor de Emissões e Tecnologia da Unica, Alfred Szwarc, credita o resultado positivo à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), concedida à indústria automotiva em maio deste ano e prorrogada até 31 de outubro.
“Esta medida, associada à queda na procura por veículos importados de marcas não instaladas no país, incrementou a comercialização de veículos multicombustíveis, e não será surpresa se, daqui para a frente, as vendas superarem a marca dos 93% obtida nos últimos três meses. Isso porque o corte no IPI zerou a alíquota anterior de 7% cobrada para o caso dos veículos fabricados no Brasil com até mil cilindradas (1.0), um segmento quase que exclusivamente dominado pelos flex,” avalia Szwarc.
Desde que surgiu, em 2003, os modelos com tecnologia flex somam mais de 13 milhões de automóveis, que permite usar o etanol, a gasolina ou a mistura dos dois combustíveis em qualquer proporção.