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Um terço do álcool vendido na Bahia não tem qualidade

Um terço do álcool combustível vendido na Bahia não atende às especificações de qualidade determinadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). De uma amostragem feita, em janeiro deste ano, em 60 postos de abastecimento, em todo o Estado, nada menos do que 20 deles (33,3%) não atendiam aos requisitos de qualidade. A suspeita de adulteração é confirmada pelas próprias distribuidoras, que dizem que os donos de postos podem estar comprando o produto de procedência duvidosa, como forma de baratear o preço ao consumidor.

Na semana passada, alguns postos de revenda em Salvador resolveram suspender a venda de álcool, em protesto pelo que eles consideraram como concorrência ilegal. Postos ao longo da orla marítima estavam vendendo o litro do álcool a R$ 1,61, abaixo do preço vendido pelas distribuidoras, que é de R$ 1,65. Por causa disso, desde o início da semana a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) está intensificando a fiscalização diretamente nas usinas produtoras de álcool e nos postos, para verificar uma possível sonegação de impostos.

Segundo informações da Diretoria de Planejamento de Fiscalização da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), os fiscais vão atuar nas usinas para garantir que o produto saia de lá diretamente para as distribuidoras e destas para os postos de abastecimento. Com isso, acreditam os fiscais da Sefaz, se evitará a sonegação de ICMS. Os fiscais estão verificando, ainda, se a quantidade de álcool que sai das usinas é a mesma que chega às distribuidoras.

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