A Justiça do Trabalho acaba de decretar que aUsina Manoel Costa Filho, do Ceará, irá aleilão. A usina jáfoi responsável por 4% do PIB cearense, mas encontra-se fechada em função de dívidas fiscais, bancárias e trabalhistas.
A unidade acumula passivo que ultrapassa R$ 120 milhões, porém o lance mínimo é de R$ 10,8 milhões. O leilão será realizado no Sest/Senat, às 9h30, na cidade do Crato, CE.
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Para a União Nordestina de Produtores de Cana (Unida), o leilão pela Justiça do Trabalho do parque industrial da usina garante as condições viáveis à retomada do seu funcionamento, porque isenta o comprador do restante da dívida. “Quem arrematar ficará livre de todo o débito fiscal, bancário e trabalhista que restar”, diz o presidente da entidade, Alexandre Andrade Lima.
Ele antecipa que o passivo que ficar pendente continua sob a responsabilidade dos atuais acionistas.Para Lima, é uma oportunidade do governo estadual fomentar a região do Cariri, incentivando a cadeia produtiva sucroalcooleira que encontra-se limitada à produção de cachaça e ao arranjo produtivo ultrapassado de rapadura.
O dirigente defende projeto que prevê a compra da usina pelo Estado para ser vendida à cooperativa de canavieiros da região. “O governador já sinalizou que tem interesse em comprá-la, mas não em administrá-la”, revela. Neste sentido, o governo pode negocia-la a uma cooperativa de produtores de cana, ou à iniciativa privada.
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Entretanto, o presidente da Unida ressalta que a ação só é viável para uma cooperativa de cana, se contar com total apoio do governo.