O grupo sucroalcooleiro Tonon Bionergia, que tem como sócio o fundo de private equity FIP Terra Viva, concluiu a captação de R$ 250 milhões, liderada pelo BTG Pactual e que contou com a participação de outros cinco bancos – Banco do Brasil, BIC, Santander, Credit Suisse e BBA.
De acordo com o presidente da Tonon, Rodrigo Aguiar, a transação foi uma de várias operações realizadas na Tonon com objetivo de capitalizar a empresa para seguir seus planos de investimento. A companhia também vendeu seus ativos de cogeração para a Energisa, por R$ 150 milhões, e teve um aumento de capital do FIP Terra Viva, administrado pela DGF Investimentos, de R$ 44 milhões. Os recursos vão ser utilizados para amortizar dívidas com custo mais elevado e para reforçar o caixa. O escritório de advocacia Lobo & de Rizzo Advogados atuou como assessor jurídico da captação.
Após a operação, o FIP terá sua participação no grupo Tonon ampliada dos atuais 18% para 30%. Esse aumento ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O restante da participação seguirá nas mãos da família controladora, hoje com 82% do negócio.
Em março de 2012, a dívida líquida da empresa estava em torno de R$ 560 milhões. Com as transações, esse valor deve recuar para R$ 430 milhões, com perfil de endividamento todo no longo prazo, segundo Aguiar.
O Grupo Tonon tem duas usinas de açúcar e etanol – um em Bocaina (SP) e outro em Maracaju (MS) – que deve processar nesta safra em torno de 5 milhões de toneladas de cana. O projeto de ampliação, segundo Aguiar, prevê elevar essa moagem para 6,7 milhões de toneladas no próximo ano. (FB, com colaboração de Cláudia Facchini)