Uma parceria anunciada no final de agosto de2012 entre o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e aEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)deve impulsionar as pesquisas para a produção deetanol celulósico. Na opinião deAlfred Szwarc, consultor em Emissõese Tecnologia da Unica, o acordo será estratégico para concretização da produção do produto de segunda geração, apesar dos desafios.”Ainda há desafios a serem vencidos,especialmente em relação à produtividade e ao custo deprodução, e o acordo entre o CTC e a Embrapa poderesultar em avanços importantes nesses campos,”explica Szwarc.
Ele explica que em função dadisponibilidade do bagaço de canaesse tipo detecnologia pode ampliar o rendimento médio de umaunidade produtiva de etanol convencional em 30 a 40%.Segundo as duas entidades, o acordo prevê acooperação em três linhas de pesquisa: melhoramentogenético, biotecnologia agrícola e o desenvolvimento deuma enzima nacional.
O CEO do CTC, GustavoLeite, afirma essa enzima brasileira tem por objetivo “quebrar” amolécula C5, de cinco carbonos contidos na celulose dobagaço da cana. Até o momento, asenzimasconseguiram desmembrar apenas asmoléculas de seis carbonos.”A Embrapa tem um time de especialistas nessaárea e um laboratório com tecnologia de ponta. Esse suporteserá fundamental para o avanço que buscamos. OCTC vai colocar
à disposição da parceria seu banco de germoplasma decana, considerado o maior do mundo,” afirma.
O chefe-geral da Embrapa Agroenergia,Manoel Souza, lembra que as parcerias público-privadas sãofundamentais para ajudar o Brasil a superar os atuaisproblemas do setor sucroenergético e a consolidar a forçada energia a partir da biomassa na matriz energéticabrasileira. (Fonte: Unica)