A guerra no Iraque só terá efeito no setor sucroalcooleiro do Brasil se os efeitos do conflito atingirem outros países do golfo Pérsico, de acordo com a consultora da Única para negociações internacionais, Elisabete Serodio.
Para ela, com a situação atual do conflito não é possível ainda saber se haverá algum impacto nas exportações brasileiras.
“O Iraque não é um destino importante para o açúcar brasileiro, mas o golfo Pérsico é. Se houver rompimento do fluxo de comércio para aquela região, nós podemos sofrer aqui os efeitos da guerra”, disse a consultora.
Já no comércio internacional de álcool, o conflito no Oriente Médio não deve interferir porque não há um mercado mundial de álcool combustível consolidado. A esperança dos produtores é que o temor de uma possível crise do petróleo faça com que mais países se preocupem em obter uma alternativa à gasolina.
“Todos os países que estão usando álcool como combustível estão fazendo o próprio álcool. A guerra não deve ter impacto na exportação”, disse Ângelo Bressan, diretor do Departamento de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura.