Para desmistificar o pensamento de que o etanol de cana roubaria espaço da Amazônia, muito questionado no passado na Europa, opresidente da Agência Federal Ambiental da Alemanha, Jochen Flasbarth,em entrevista publicada no dia 17 de agosto no jornal alemão, o Die Welt,afirmou ser”um erro” insistir com generalizações sobre a produção de cana-de-açúcar para etanol no Brasil. Ele exemplificou que um desses equívocos era que a expansão da cana no País ameaçaria a Floresta Amazônica.
Ele reconheceu que boa parte da cana brasileira cresce em áreas antes ocupadas por cafezais. “O retorno energético em relação à área plantada é tão elevado que mesmo considerando-se o transporte do etanol brasileiro até a Europa, a importação vale a pena do ponto de vista ambiental,” afirmou.
Apesar de reconhecer que práticas inadequadas também possam existir, deixou claro que o estímulo ao desmatamento na Amazônia vem de outras atividades e não da cana-de-açúcar.
“A bioenergia produzida dentro de critérios ambientais rigorosos e a partir de resíduos que normalmente seriam descartados faz sentido e deve ser uma das prioridades energéticas para a Alemanha”, ressaltou em relação ao etanol brasileiro.