Os produtores de São Paulo não querem apenas resgatar a credibilidade do álcool no mecado nacional, mas disseminar seu uso como alternativa de combustível além das fronteiras brasileiras. Essa campanha é desenvolvida pelos produtores do estado de São Paulo, responsável por 60% da produção nacional de álcool, neste ano estimada em 12,6 bilhões de litros.
“Mais que exportar, temos de criar um mercado internacional, convencendo os países com potencial de plantio a produzir o álcool combustível”, diz Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da Unica (União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo), a mais forte entidade representativa dos usineiros no país.
Começam a adotar a mistura do álcool na gasolina países como a India, a Tailândia e a China. Estão no alvo ainda a Austrália, a Africa do Sul, a Colombia, a Guatemala, a Argentina e o Japão, como importador.
No Brasil, o desafio imediato da Unica é convencer suas afiliadas a aumentar a produção de álcool em detrimento do açúcar, com preços atraentes no mercado internacional. Em acordo com o governo, os usineiros paulistas se comprometeram a antecipar a safra em um mês, em abril, com produção inicial de 400 milhões de litros, dos quais apenas 250 milhões de litros estão garantidos, em contrato formalizado entre a Unica e as destilarias.