O açúcar que está carregando e pagando as contas do setor, já que o governo insiste na manutenção dos preços da gasolina praticamente congelados. Essa foi a conclusão dodiretor comercial de açúcar e etanol do Itaú BBA, Alexandre Figliolino, naúltima reunião da Câmara Setorial do Açúcar e do Etanol, na semana passada, que reuniu produtores de cana-de-açúcar e de etanol, especialistas de mercado e o governo e, busca de alternativas para melhorar a produção do setor.
Para ele, os produtores do etanol só conseguiram sobreviver até agora por causa do preço do açúcar, pois quem só faz etanol levou prejuízo na última safra.
Ele defendeu a desoneração de investimentos nessa área, como é feito na produção de energia eólica. “Há uma série de medidas que, somadas, vão botar a indústria no caminho do crescimento”.
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Uma dessas medidas para ele é o estímulo governamentala exploração da biomassa para fins energéticos, de acordo com a vocação de cada região. “A biomassa pode colaborar bastante para viabilizar a maior produção do etanol”, revela.
Já opresidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil, Paulo Sérgio Leal, que também participou da reunião, o governo precisa priorizar o etanol na matriz energética já que é, antes de tudo, uma questão de saúde.
Segundo ele, o país importa, diariamente, 100 mil barris de gasolina e, em 2020, “esse percentual subiria assustadoramente. A priorização do etanol na matriz energética é também uma questão de saúde, por ser um combustível limpo e renovável”.
Para Leal, há a necessidade de desonerar o setor, pois a produção do álcool teve seu custo muito elevado nos últimos anos.
