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Expansão no setor aumenta dívida do Grupo Tereos

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Um dos motivos do aumento de 21,7% da dívida líquida total do Grupo Tereos Internacional no primeiro trimestre de 2012/13, está relacionadaaos investimentos com a expansão das atividades de moagem e cogeração do programa de investimento da Guarani. No período a dívida alcançouR$ 3,7 bilhões. Incluindo os recursos do aumento de capital privado de R$ 369,6 milhões, concluído em 7 de agosto de 2012, a dívida líquida totalizaria R$ 3,3 milhões, comparado a R$ 3,0 milhões em 31 de março de 2012. A companhia atribui também o aumento da dívida à desvalorização do Real frente o Dólar e Euro e ao maior capital de giro, devido às necessidades de capital de giro sazonais na divisão de cana-de-açúcar. A informação foi anunciada em seu balanço do 1T2012/13.

Uma das apostas do Grupo Tereos Internacional no Brasil para compensar o desempenho canavieiro nessa safra foi a renovação dos canaviais que atingiram 50 mil ha no período.Entre os principais investimentos apontados pela empresa, além da renovação, está a conclusão bem sucedida da reorganização societária e do aumento de capital privado, 100% subscrito; a moagem de cana-de-açúcar no Brasil revisada para 18,2 milhões de toneladas, ou seja, 12% acima da safra anterior e a expansão da cogeração.

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O Grupo Tereos Internacional registrou no primeiro trimestre de 2012/13, um aumento de 4,6% na receita totalizando R$1,7 bilhão e um EBITDA Ajustado de R$156,1 milhões, apesar do atraso na colheita de cana no Brasil. “Em moeda constante, a receita líquidaapresentou ligeira queda (-1,9%), devido principalmente ao menor volume de vendas no segmento decana-de-açúcar e menores preços de etanol no Brasil, parcialmente compensados pelo maior volumede vendas e preços no segmento de amido.O EBITDA Ajustado totalizou R$ 156 milhões, comparado a R$ 206 milhões no 1T 11/12,representando queda de 26,7% em moeda constante.O prejuízo líquido após impostos totalizou R$ 76,2 milhões, comparado a um lucro líquido deR$ 63,2 milhões no 1T 11/12, devido principalmente ao menor volume de vendas e preços da divisãode cana-de-açúcar do Brasil”, revela a nota da empresa.

O CEO, Alexis Duval, explica que deseja compensar o fraco desempenho do primeiro trimestre no decorrer da safra canavieira.“Registramos neste trimestre uma receita estável em base anual, como consequência de maiores preçosem praticamente todos os segmentos de negócios. O EBITDA Ajustado foi impactado por chuvas excessivasque atrasaram a moagem de cana-de-açúcar no Brasil, com uma queda de 20% no trimestre. As condiçõesclimáticas melhoraram após junho, e devido aos nossos esforços na renovação dos canaviais nos últimos doisanos, aliado a melhores condições climáticas, nós revisamos nossas estimativas de moagem de canapara esta safra de 17,5 para 18,2 milhões de toneladas.Sendo assim, esperamos compensar o fracodesempenho do primeiro trimestre no decorrer desta safra”, diz.

Segundo o executivo, fora do Brasil a situação foi diferente, já que oO EBITDA Ajustado da operação de cana-de-açúcar do Oceano Índico mais do que dobrou devido aosmelhores preços das operações da Ilha da Reunião ea conclusão do aumento de capital privado, 100% subscrito, gerouR$ 370 milhões, que serão alocados para financiar a expansão das operações de amido. “Comoresultado, nosso free float atingiu 29,3%.”