A Petrobras e o governo traçaram um plano de financiamento de R$ 3 bilhões à cadeia de fornecedores do setor de petróleo para estimular novas tecnologias e ampliar o conteúdo nacional de bens e serviços para o pré-sal.
O apoio será sob a forma de subsídio, empréstimo e participação acionária. Os recursos serão alocados por BNDES e Finep (agência federal de fomento) -R$ 1,5 bilhão cada um. Os incentivos serão concedidos até 2016.
A novidade do programa, que será lançado na próxima semana, é que a Petrobras participará da escolha dos projetos e das empresas.
A companhia acompanhará ainda o desenvolvimento tecnológico de equipamentos, dando apoio técnico.
Em alguns casos, a estatal vai assegurar a compra futura de equipamentos e serviços, o que facilita a liberação do crédito às empresas, que podem usar o contrato com a Petrobras como garantia.
O BNDES vai fornecer empréstimos e, em casos específicos de investimentos de maior risco e complexidade, poderá subsidiá-los com empréstimos a fundo perdido.
O banco vai adquirir participação acionária em algumas companhias para estimular seu crescimento.
A Finep também proverá crédito e apoiará projetos integrados de empresas e universidades -alguns também poderão ser subvencionados.
O plano faz parte da iniciativa do governo de usar o pré-sal como uma alavanca à indústria nacional.
Para Maurício Canedo, da FGV, o apoio estatal ao setor é positivo, mas tem de ser transitório e exigir contrapartidas como metas de aumento de competitividade.
Pedro Soares
Fonte: