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Quebra da safra não afetará produção de biodiesel, diz Ubrabio

Os representantes do setor de biodiesel minimizaram hoje os impactos da quebra da safra brasileira de soja e da disparada das cotações da commodity para a produção do biocombustível. “É um problema pontual que não substitui um programa de longo prazo como é o do biodiesel”, afirmou o presidente do conselho superior da União Brasileira de Biocombustível e Bioquerosene (Ubrabio), Juan Diego Ferrés, em cerimônia realizada pela entidade em São Paulo para homenagear o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

Responsável por 80% da matéria-prima utilizada para a produção de biodiesel, a soja não deve se tornar um problema para o segmento, cujo parque produtivo trabalha com excesso de capacidade instalada. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) e da BSBios, Erasmo Battistella, o mercado nacional não sofrerá desabastecimento.

“É possível que alguma indústria não tenha matéria-prima para atingir toda a capacidade, mas não vai faltar biodiesel”, afirmou. No caso da BSBios, acrescentou Battistela, “já compramos matéria-prima para todo o ano”.

Ferrés, da Ubrabio, se mostrou otimista com a expectativa de plantio da próxima temporada de soja, a 2012/13. Segundo ele, apenas com o acréscimo de 18 milhões de toneladas da commodity esperado para a próxima colheita, o Brasil poderia produzir o diesel B10, que contém 10% de biodiesel. Atualmente, o diesel tem 5% do biocombustível em sua composição.