
A determinação do governo norte-americano sobre o uso de mais de um terço da safra de milho para a produção de etanol precisa ser revista, depois da grande estiagem que atingiu o país. A afirmação é deGregory Page, presidente da Cargill, em entrevista para a CNBC.
Tamanho é o problema que na última segunda-feira, grupos do setor pecuário recorreram à Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) para conter ou suspender o mandado governamental que prevê uma mistura de 9% de etanol na gasolina do Estados Unidos.
Segundo o executivo, para solucionar o problema e o desequilíbrio, existe uma metodologia para reduzir a quantidade de biocombustível através de uma combinação de agências e controles e o Brasil foi citado, na questão da mistura ajustada de etanol na gasolina de acordo com a necessidade do momento. “Há uma metodologia para reduzir a quantidade de biocombustíveis que é obrigatória nos EUA”, disse.
Depois da pior seca dessa safra nos Estados Unidos, que provocou a redução significativa do milho, o presidente da Cargill espera que aprodução mundial de milho caia entre 3% a 4% ao da produção convencional.
“Essa queda no fornecimento levou a uma alta de 40% a 50% nos preços, e eu acho que os mandados são o que fazem os preços serem tão elásticos assim, que eu acho que precisam ser abordados”, revelou.