Tomando como referência projeto da associação de fornecedores de cana reunidos na Cooperativa Agrícola do Estado do Rio (Coagro), apresentado ao Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), para arrendamento e modernização da Usina São José, os industriais do setor também querem acessar os recursos dos royalties para recuperarem suas unidades. Proprietário da Usina Paraíso, e presidente do Sindicato Fluminense dos Produtores de Açúcar e Álcool (Sindaaf), Geraldo Hayem Coutinho considera que qualquer iniciativa de auxílio via prefeitura deve “alcançar o maior número possível de produtores.”
Para o industrial, a “uma ação como essa, de financiamento com verba pública, deveria ser discutida com todos agentes da cadeia produtiva”, e mais, que os proprietários de usinas classificam como positivas ações que, através de cooperativas, “busquem oferecer aos associados melhores meios de produção”, sustentadas na melhoria das condições ao produtor, para acessar novas tecnologias, adquirir insumos ou equipamentos.
Mas critica a postura da prefeitura, que segundo ele não teria debatido com os “principais agentes que atuam no setor” o modelo mais adequado para recuperação da atividade de produção de cana, e a concentração “num único projeto de uma soma considerável de recursos”. Para Luiz Mário Concebida, presidente do Fundecam, a situação não é exatamente assim:
— O Fundo está aberto à empresa ou indústria que tiver vida saudável, cumprir as exigências, e apresentar projeto viável, como o da cooperativa de produtores. Este, aliás, foi o primeiro projeto, e só lamento que alguém do setor possa ir contra um projeto que beneficia a própria atividade.
(Folha da Manhã – Campos dos Goytacazes/RJ)