Mercado

Dólar fecha na menor cotação em 3 semanas e surpreende até analistas

A pressão de compras pré-Carnaval sucumbiu à série de boas – e inesperadas – notícias domésticas e, contrariando a previsão dos analistas, o dólar fechou a quinta-feira em baixa de 0,53%, cotado a R$ 3,565 para venda e R$ 3,56 para compra. É a menor cotação desde o dia 5.

Enquanto isso, o risco Brasil continua sua trajetória de baixa e recua 1,55% para 1.201 pontos.

O volume de negócios melhorou durante a tarde, quando algumas empresas aproveitaram a cotação mais baixa para comprar dólares e pagar contas externas. Ainda assim, o fluxo foi positivo.

A tendência de alta se reverteu pouco antes do intervalo dos negócios no meio do dia, quando um banco foi a mercado vender US$ 50 milhões – quantia expressiva diante do baixo volume de operações.

Amanhã, vencem US$ 173 milhões em linhas de crédito para exportação que o Banco Central leiloou no ano passado, as quais deverão ser pagas em reais, o que aumenta a necessidade dos bancos de ter moeda local em caixa.

Além disso, a notícia do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no último trimestre, um avanço de 3,44% comparado ao mesmo período de 2001, surpreendeu positivamente o mercado.

Pesou também a renovação de mais US$ 92 milhões em linhas externas que vencem dia 6 pelo BC – outros US$ 124 milhões devem ser rolados amanhã – e o anúncio da captação de US$ 150 milhões pelo ABN Amro.

Na frente internacional, os focos de otimismo foram a alta das Bolsas de Valores nos EUA e a decisão do governo de George W. Bush de reduzir de laranja para amarelo – ou do segundo para o terceiro grau numa escala de cinco – o alerta de segurança no país.

A moeda norte-americana operou em alta por toda a manhã, pressionada pelas compras “preventivas” de investidores que preferiram se abastecer de dólares para o caso da guerra no Iraque estourar antes do Carnaval.

O prazo dado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para o Iraque provar que se desarmou termina dia 7, sexta-feira, mas nas próximas 48 horas Saddam Hussein deverá se pronunciar sobre a destruição de mísseis iraquianos com alcance superior ao permitido pela ONU, o que pode acirrar as tensões. (www.folha.com.br)

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