
As exportações líquidas de etanol poderão aumentar 457% em 2021/22, segundo avaliação do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo a avaliação o consumo doméstico de etanol deve saltar 80%, de 25,5 bilhões de litros em 2010/2011 para 46 bilhões de litros em 2021/2022. Para atender a demanda, os pesquisadores acreditam que a produção de cana-de-açúcar no período deverá aumentar 55%, atingindo 1,1 bilhão de toneladas.
Um estudo realizado pelas instituições revela que o volume exportado poderá saltar de 1,8 bilhão de litros na safra 2010/2011 para 10,27 bilhões em 2021/2022. Os embarques de açúcar poderão aumentar 25%, chegando a 35 milhões de toneladas no período.
Eles também acreditam que cerca de 70% da demanda de biocombustível no período será dos Estados Unidos.
O pesquisador do Icone, Marcelo Moreira, afirma que até 2015 a tendência é haver uma redução da ociosidade e diminuição das oportunidades de compra e venda de usinas já existentes. “Isso deve pressionar o cenário de novos investimentos, já que as opções mais baratas de recuperação de terras deverão já estar esgotadas”, diz.