Os produtores rurais do Estado de São Paulo terão este ano R$ 10,2 bilhões liberados pelo Banco do Brasil para linhas de créditos no Plano Safra 2012/2013 do governo federal. No País, o valor é de R$ 55 bilhões – um volume 14% superior comparado com a safra anterior, segundo o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias.
Segundo Dias, na região de Ribeirão Preto, os produtores que mais usaram linhas de créditos na última safra foram do setor do café. O valor liberado pelo banco foi de R$ 80 milhões. A cana-de-açúcar veio em segundo lugar com R$ 76 milhões liberados aos produtores do setor.
A região também quase dobrou o valor liberado para a agricultura familiar, que saltou de R$ 5,9 milhões na safra 2010/2011 para R$ 10 milhões na 2011/2012.
A expectativa é de que a liberação de créditos na região seja 14% superior que a safra anterior, acompanhando o crescimento nacional. “Não vai faltar dinheiro, se necessário ampliamos esse número”, garantiu Dias.
Os agricultores passam a ter mais disponibilidade de crédito para aderir a práticas mais sustentáveis de produção com o Plano Safra 2012/2013. Isso ocorre por meio das linhas de crédito do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que incentiva a adoção de boas práticas no campo, que conta com R$ 3,4 bilhões.
Dias informou ainda que na temporada 2011/212, o Banco do Brasil desembolsou R$ 48,2 bilhões, evolução de 23,5% em relação à safra 2010/11. Na agricultura empresarial foram aplicados R$ 38,9 bilhões e na agricultura familiar R$ 9,3 bilhões. As operações de custeio e comercialização cresceram 16 %, tendo atingido R$ 35,7 bilhões, o que corresponde a 74% do total aplicado. “As operações de investimento totalizaram R$ 12,5 bilhões, evolução de 49% em relação ao mesmo período da safra anterior. As aplicações da safra 2011/2012 ultrapassaram em R$ 2,5 bilhões o compromisso inicialmente assumido pelo Banco, que era de desembolsar R$ 45,7 bilhões”, disse.
Habitação Rural
O Banco do Brasil estima contratar 100 mil unidades habitacionais até 2014 no Plano Nacional de Habitação Rural (PNHR).
Na reunião em Ribeirão Preto, Dias anunciou que desde o último dia 9, o BB passou a atuar no PNHR, que integra o Programa Minha Casa Minha Vida, a fim de oferecer condições favoráveis para a construção e reforma de moradias aos agricultores familiares e trabalhadores rurais. As operações já podem ser contratadas, em todo o território nacional, nas modalidades Grupo 1,2 e 3. O Grupo 1 contempla agricultores e trabalhadores rurais com renda familiar anual de até R$ 15 mil. Não há cobrança de encargos financeiros e os limites de crédito são de até R$ 25 mil para produção de unidades rurais e de até R$ 15 mil para reforma.
“Para ser enquadrado no Grupo 2, a renda familiar anual precisa ser acima de R$ 15 mil e até R$ 30 mil. Nesse caso, os encargos financeiros são de 5% ao ano +TR. Já no Grupo 3, estão beneficiados agricultores e trabalhadores rurais, com renda familiar anual acima de R$ 30 mil e até R$ 60 mil. As taxas de juros variam entre 6% e 8,16% ao ano + TR.
O BB estima contratar, até o final de 2014, cem mil unidades habitacionais no Programa Nacional de Habitação Rural
Meta superada
No período de julho de 2011 a maio de 2012, o Banco do Brasil aplicou R$ 850 milhões por meio do Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). Esse montante representa mais de 2.600 operações realizadas. O programa, criado pelo governo federal, incentiva os produtores rurais a utilizarem técnicas agropecuárias sustentáveis com o objetivo de reduzir a emissão de gases do efeito estufa e contribuir para a redução do desmatamento.