A Procana realizou ontem (28/6) a primeira edição do “Encontros ProCana”, uma mesa redonda entre técnicos do setor a respeito dos avanços tecnológicos voltados ao aumento de eficiência industrial e geração de energias das unidades sucroenergéticas.O evento aconteceu paralelamente ao Curso de Treinamento em Caldeiras, promovido pelo Sinatub, nas dependências do Cenacom em Ribeirão Preto, SP, com a participação de Ramon Villareal da V&R Consultoria, que presta assessoria à Techpetersen; Hélcio Lamônica da área de P&D em Energia e Engenharia Industrial do CTC; Eduardo Tateyama, gerente de contas da Divisão de Automação e Motores da ABB; Carlos Eduardo de Abreu, diretor da Engboiler e Rogério Carlos Perdoná da área corporativa de elétrica, automação e cogeração da ETH Bioenergia. Na moderação dos debates estiveram Luiz Cláudio da Sinatub e Fulvio Pinheiro Machado, consultor técnico da Procana.
Na oportunidade, Ramón teceu considerações sobre as mudanças ocorridas e os desafios presentes, decorrentes da mecanização acelerada da colheita de cana e suas implicações para a indústria. Carlos Eduardo da Engboiler lembrou os cuidados necessários no projeto de caldeiras e os impactos na durabilidade e manutenção desses equipamentos face a essas novas condições da matéria-prima.Tateyama da ABB, levantou a questão dos ruídos e harmônicos presentes nas linhas de transmissão decorrente do uso intensivo de equipamento de controle de velocidade por chaveamento, como conversores e inversores de frequência, e a necessidade de que esses itens sejam dotados de filtros adequados de modo a evitar interferências indesejáveis em outros equipamentos nas usinas sucroenergéticas.
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Lamônica do CTC argumentou sobre o investimento necessário para se gerar energia adicional nas usinas, lembrando que esse montante é elevado em relação aos demais equipamentos instalados na indústria e que muitas vezes inclui a necessidade também de redes elétricas para interligação com o sistema das concessionárias e por esta e por outras razões são necessárias políticas e tributação específica para o setor de modo a aproveitar todo o potencial que a cogeração representa.Finalizando os trabalhos, Rogério Perdoná discorreu sobre a experiência que a ETH vem acumulando no uso da palha como combustível, com destaque para a variabilidade das condições que essa matéria-prima apresenta para seu transporte, acondicionamento e manuseio e suas implicações para o desenvolvimento de equipamentos de trituração adequados à tarefa.
No encerramento, Fulvio, da Procana, agradeceu a participação de todos, lembrando que através do trabalho conjunto das diversas áreas tecnológicas envolvidas, tanto agrícola, quanto industrial, certamente serão obtidos resultados positivos na constante busca pelo aumento da eficiência das usinas sucroenergéticas. A cobertura completa da primeira edição do “Encontros ProCana”, será publicada na edição 223 do JornalCana e edição 27 da Revista Energia Mundo.
