Pitú recebe selos e volta a produzir

O prejuízo da indústria de cachaça Engarrafamento Pitú com a paralisação da produção subiu para entre R$ 500 mil e R$ 600 mil ontem, quando a unidade industrial não operou no turno da manhã. Ela retomou as atividade à tarde, após receber remessa extra de 200 mil selos de fiscalização laranja, que estavam em falta. O funcionamento só deve ser normalizado hoje, pois, no final da tarde de ontem, a Receita Federal recebeu um lote de 18 milhões de selos laranja enviados pela Casa da Moeda, responsável pela confecção.

A Receita garante que é o suficiente para um mês de suprimento em Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas, Estados da 4ª Região Fiscal. Já a Indústria Müller de Bebidas, que tem uma fábrica da Caninha 51 em Pernambuco, no município do Cabo de Santo Agostinho (Região Metropolitana do Recife), garante não vem sendo afetada. De acordo com a empresa, para enfrentar as constantes faltas, vem solicitando à Receita remessas maiores que a demanda para formar grandes estoques, evitando desabastecimento.

A Pitú, que consome mensalmente, em Vitória de Santo Antão, a 51 quilômetros do Recife, 6 milhões de selos laranja, suspendeu a operação no segundo turno da segunda-feira, deixando de produzir 250 mil litros de aguardente, o que implicou num prejuízo entre R$ 250 mil e R$ 300 mil litros. “O estoque de selo laranja, destinado às garrafas de 600 mililitros e latas de 350 mililitros, acabou porque a indústria só recebeu na primeira quinzena de janeiro 1,5 milhão de selos, metade do que recebe quinzenalmente da Receita”, disse a analista fiscal da indústria, Suely Serra de Morais.