O comissário de Comércio da União Européia, Pascal Lamy, chega a Brasília num momento em que o País não está nada satisfeito com as posições da Europa nas negociações agrícolas. Lamy ouvirá que o Brasil considera a proposta européia de abertura dos mercados agrícolas, entregue na segunda-feira, insuficiente e que a intransigência da UE em negociar o tema de maneira apropriada pode enterrar a Rodada de Doha da OMC (Organização Mundial do Comércio), cujo objetivo é aprofundar a liberalização do comércio mundial. No início desta semana, a UE entregou em Genebra sua proposta para liberalização do seu setor agrícola. O documento é considerado por graduados diplomatas brasileiros mais modesto que a proposta apresentada no final de 2001, que já era criticada. Lamy terá encontros, na sexta-feira, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Celso Amorim (Relações Exteriores), Roberto Rodrigues (Agricultura), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) e Humberto Costa (Saúde). Haverá três blocos de discussões: as negociações na Rodada de Doha, as negociações entre o Mercosul e a UE e os assuntos bilaterais de Brasil e Europa. O tema mais delicado será as implicações da proposta agrícola européia na Rodada de Doha. Na opinião de diplomatas brasileiros, uma das principais missões de Lamy no Brasil será tentar convencer que a proposta agrícola européia é de fato um bom começo para as negociações no âmbito da OMC. Lamy também deve reforçar a idéia que, embora a UE seja acusada de protecionismo agrícola, ela é o principal compradora de produtos agrícolas brasileiros. (Folha de Londrina)
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