A moagem das unidades produtoras da região Centro-Sul do País tem seguido as expectativas de queda anunciadas anteriormente, já que o volume acumulado desde o início da safra até o final de maio, caiu 29,61%, totalizando 70,71 milhões de toneladas contra as 100,45 milhões de tons, da safra anterior. As informações são da Unica – União da Indústria da Cana-de-Açúcar.
Já na segunda metade de maio foi inferior a registrada em igual período da safra passada, já que o volume de cana-de-açúcar processada alcançou 35,62 milhões de toneladas, queda de 17,62% comparada com o mesmo período de 2011.
Segundo a entidade, o ritmo mais lento de moagem observado até o momento é atribuído às chuvas que ocorreram nas principais regiões produtoras e ao atraso no início de safra em muitas usinas.
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O presidente interino da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues revela que as chuvas prejudicaram significativamente o andamento da colheita ao final de maio. “Entretanto, o maior impacto será observado sobre os resultados da primeira quinzena de junho, período em que o índice de precipitação pluviométrica superou os valores esperados”.
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De fato, dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) demonstram que, em decorrência da maior precipitação pluviométrica, o número de dias de moagem perdidos pelas usinas aumentou em maio. Em média, as unidades produtoras amostradas obtiveram 8,77 dias perdidos naquele mês, ante apenas 3,54 dias de paralisação em maio de 2011.
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Na mesma tendência segue a produtividade agrícola do canavial colhido na região Centro-Sul, já que está abaixo daquela apurada no último ano. Estatísticas do CTC informam que, para a amostra de usinas considerada pelo Centro, esta produtividade alcançou 73,77 toneladas de cana-de-açúcar por hectare em maio, redução de 3,78% comparativamente ao valor observado no mesmo mês de 2011. No acumulado desde o início da atual safra até o final de maio, a quebra agrícola atingiu 4,80% em relação ao acumulado em idêntico período da safra anterior.
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Além das condições climáticas desfavoráveis, outro fator que tem contribuído para este recuo da produtividade agrícola foi a antecipação da colheita dos canaviais mais antigos (que historicamente possuem menor produtividade) pelas unidades produtoras. Com efeito, os dados levantados pelo CTC mostram que a idade média de corte do canavial colhido em maio deste ano foi 3,74 anos, contra 3,45 anos verificados no mesmo mês de 2011. É importante frisar, contudo, que uma vez colhidas, estas áreas estão sendo liberadas para plantios, garante a Unica.
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Até 31 de maio, 278 unidades produtoras estavam em atividade no Centro-sul contra 289 verificadas até a mesma data de 2011. Ainda, 12 usinas que processaram cana-de-açúcar na safra passada não irão operar este ano, informa a entidade.
