Produtores nordestinos de cana participam nesta sexta, dia 15, de reunião com dirigentes do Banco do Nordeste (BNB), Banco do Brasil (BB) e do Ministério de Agricultura (Mapa) para tentar evitar o fechamento de usinas na região. O encontro acontecerá às 10h, na sede do BNB em Fortaleza, e abordará a criação, financiamento e o modelo de gestão de cooperativas de produtores de cana.
O setor propõe a formação de cooperativas para retomar o funcionamento de unidades indústrias na região, a exemplo da Catende, em Pernambuco, e da Manoel Costa Filho, no Ceará. A ação visa contribuir na necessária ampliação da produção de etanol.
Seis pontos fundamentais estarão em pauta. A primeira é o modelo associativo para fornecedores de cana com vista à operação de uma unidade industrial, seguido pela discussão sobre o modelo de unidade produtora e o modelo de gestão. Também abordarão as dificuldades na obtenção de crédito por parte dos produtores através de cooperativa nova. E ainda sobre os recursos necessários para a operacionalização de uma usina, quais as unidades a serem operadas e sobre o apoio dos governos estaduais na concretização do negócio.
Além de ampliar a produção do combustível verde nacional, a retomada do funcionamento de usinas por meio de cooperativas contribuirá para a sustentabilidade do setor sucroenergético e sua cadeia econômica. Esta é a tese da União Nordestina dos Produtores de Cana ((Unida) e das entidades de fornecedores de cana nos estados da região. “A medida servirá à necessidade do próprio governo federal que precisa aumentar a produção de etanol, a fim de torná-lo competitivo no mercado nacional”, destaca o presidente da entidade dos produtores, Alexandre Andrade Lima.
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Ele acrescenta que também vai estimular o canavieiro a produzir mais cana, uma vez que vai agregar valor na sua matéria prima a qual será vendida também industrializada através da usina que administra.
No entanto, em contradição à necessidade de mais cana e etanol, várias usinas fecharam ou estão fechando, como nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas, além de diversas em Pernambuco. A formação de cooperativas de produtores de cana nos estados onde existem estas usinas fechadas ou ociosas pode contribuir para mudar este quadro. “Existem muitas unidades instaladas que estão paradas ou operando abaixo da sua capacidade”, fala.
Dessa forma, ele conclui que o incentivo governamental nas cooperativas é viável e necessário para promover mais rapidamente a retomada da produção de etanol, além garantir uma melhor distribuição de renda e contribuir para a manutenção desse importante setor econômico para a região.
