O Banco Central manteve a previsão de que a gasolina e o gás de botijão não sofrerão reajuste este ano, ao contrário do que vem sendo defendido pelo mercado e pela presidente da Petrobras, Graça Foster.
A previsão do BC consta na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que usa a manutenção dos preços dos combustíveis, itens com forte peso na inflação, como uma das justificativas para a redução em maio da taxa básica de juros.
Desde que assumiu o cargo, em fevereiro, Graça vem defendendo, embora sem data ou porcentuais, uma eventual correção da defasagem entre o preço do petróleo no mercado internacional e o vendido pelas refinarias da companhia a distribuidoras.
Sem reajuste nas refinarias, uma das saídas para compensar parte das perdas da Petrobras poderia vir da elevação da mistura de etanol anidro à gasolina.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) diz que já há condições no mercado para retomar a proporção de 25% de etanol na mistura, contra os 20% atuais.
Inflação
O Copom estima um redução da inflação para 4,5% em 2012, o que faria o indicador ir rumo ao centro da meta. O IPCA está em 4,99% no acumulado de 12 meses. Em 2011, a inflação fechou o ano no teto da meta, em 6,5%.
“A projeção se reduziu em relação ao valor considerado na reunião do Copom de abril e se encontra em torno do valor central de 4,5% para a meta fixada”, informa a ata da última reunião, que baixou a Selic, para 8,5% ao ano.
Para os preços das tarifas de telefonia fixa e de eletricidade foram mantidas as projeções de reajuste em 1,5% e 1,3%.