Em seu discurso ontem, 30/5, durante o Top Etanol, lançado durante sua gestão à frente da Unica, o ex-presidente da entidade, Marcos Jank deixou claro que o setor precisa trabalhar em três pontos fundamentais para crescer: com os interlocutores, com a união e uma visão estratégica.
“Os interlocutores não são somente de Brasília, mas de toda cadeia produtiva, vai muito além disso e passa pela sociedade, que precisa entender a importância do setor. Não vi nenhum setor reunir todos produtores, entidades, empresas da cadeia produtiva e com essa harmonização de posicionamentos. O segmento reúne não somente empresas grandes e pequenas, mas grupos nacionais e estrangeiros. Nesse momento crítico, a união é fundamental”.
Para ele, um terceiro ponto é ter a visão estratégica de longo prazo no crescimento. “Tivemos outras conquistas que estão ligadas em longo prazo. As conquistas internacionais de abertura do mercado de etanol, por exemplo, que dá ao etanol a possibilidade de se tornar commodity internacional. Precisamos refletir sobre a sustentabilidade e o Compromisso Nacional, que são parte das ações que mudaram a cara do setor. O quanto foi bom ter feito esse trabalho com todos os colegas presentes, além do projeto Renovação”, disse.
Segundo Jank, a sua gestão concluiu um trabalho importante pois havia sido contratado para abrir o mercado internacional e tinha etanol sobrando naquele momento, mas hoje o problema é a oferta. “ Hoje o problema é a criação de novas políticas públicas e a solução do etanol passa por Brasília. Essas ações estão muito ligadas a transformação do preço da gasolina, a transparência, ao marco regulatório com políticas que mostrem o comprometimento do país. Temos uma matriz diversificada e limpa, e não vamos abandonar o melhor programa de substituição de combustíveis fósseis do mundo. Andei o mundo inteiro e não vi nada igual em outro lugar. O etanol é a experiência mais completa que existe e temos que resgatar o crescimento desse setor. Andamos o mundo inteiro para isso, temos que refletir sobre o que podemos fazer para continuar essa história de crescimento e sucesso, para que a cana continue tendo papel de importância estratégica na matriz energética”, concluiu.