Vinte e cinco anos depois, a energia do bagaçovendida para a rede é equivalente a quase 30% de todo o consumo residencialdo Estado de São Paulo. Essa é a conclusão de Antonio de Padua Rodrigues, presidente interino da Unica, durante os “25 Anos de Bioletricidade no Brasil”, comemorado na última sexta, 25 de maio, em Sertãozinho (SP).
Segundo ele, do equivalente a 54 mil habitantes, abastecidos pela bioeletricidade em 1987,na última safra saltou para mais de 5 milhões de residências, ou 21milhões de pessoas, utilizando energia da cana-de-açúcar durante o ano todo.
“Somente as três usinas pioneiras homenageadas: São Francisco, São Martinho e Vale doRosário já exportam o equivalente a abastecer quase meio milhão depessoas durante um ano inteiro. Se considerarmos a geração dessas três usinas desde 1987, a eletricidade geradaseria suficiente para abastecer por um ano 10 cidades do porte de Sertãozinho,ou duas cidades do tamanho de Ribeirão Preto”, diz.
Para o executivo, abioeletricidade é uma energia estratégica para o setor elétrico por ser umageração que está perto do centro consumidor e por ser contra sazonal. “Geramos quando falta água. Somos como um pulmão para as hídricas”, lembra.