O saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no País foi de 216.974 postos em abril, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. O número é a diferença entre 1.798.101 contratações e 1.581.127 demissões no período.
O resultado ficou 94,17% acima do verificado no mês anterior, quando foram abertas 111.746 vagas. No mesmo período de 2011, porém, haviam sido criadas 272.225 vagas, queda de 20,30%.
No acumulado do ano, na série ajustada (que incorpora as informações declaradas fora do prazo), houve acréscimo de 702 059 empregos formais. Nos últimos 12 meses, foram criados 1.713 410 postos, dado com ajuste.
Setores
Segundos os dados do Caged, todos os setores da economia registram saldo positivo de criação de empregos formais em abril. Essa é a primeira vez neste ano em que isso acontece.
O setor de serviços liderou mais uma vez a criação de empregos com carteira. Em abril, a diferença entre contratações e demissões resultou na geração de 82.875 vagas. Na construção civil, foram 40.606 postos de trabalho. No comércio, 33.704.
A indústria de transformação registrou abertura de 30.318 vagas, com resultados positivos em 10 de 12 segmentos. Os destaques, em termos absolutos, foram Química (12.740 postos), Borracha, Fumo e Couros (4.542 postos) e Têxtil (3.140 postos). Tiveram resultados negativos, porém, a indústria Metalúrgica (-563 postos) e de material de transporte (-472 postos), que apuraram no mês mais demissões do que contratações.
No entanto, o Nordeste foi a única região do País onde as demissões de trabalhadores com carteira assinada superaram as contratações. No mês passado, foram fechados 4.924 postos de trabalho na região, aponta o relatório do Caged.
O Ministério do Trabalho atribui o resultado a fatores sazonais relacionados à atividade sucroalcooleira. No mesmo mês do ano passado, haviam sido criadas 4.595 vagas, resultado também considerado fraco e influenciado pelo mesmo fator.
No mês passado, lideraram a redução do emprego no Nordeste os Estados de Alagoas (-13.274), Sergipe (-2.188 postos) e Pernambuco (-2.127 postos).
Em todo o País, apenas seis estados tiveram queda no emprego formal. Além desses três, houve redução no Rio Grande do Norte, Roraima e Rondônia.
O Sudeste, por outro lado, liderou a geração de empregos formais, com abertura de 142.612 postos de trabalho, com destaque para São Paulo (85.346, alta de 0,43%), seguido por Minas Gerais, com mais 28.886 empregos (avanço de 0,71%) e Paraná, que registrou 20.923 novos postos (expansão de 0,82%), informou o Ministério do Trabalho.