Produtores de cana-de-açúcar produzem até 27,5% a mais que as usinas que simplesmente arrendam as terras para produção própria. Isso porque o produtor apresenta mais capacidade de lidar com a cultura e as usinas tem investido nos últimos anos em modernizar suas plantas industriais e não em tecnologias nas lavouras. O dado foi repassado a produtores durante uma reunião com canavieiros no stand do Sistema Faeg/Senar e Sindicato Rural de Rio Verde na Tecnoshow 2012 nessa quinta-feira, 12.
Na apresentação, o assessor técnico da Faeg para a área de cana-de-açúcar e bioenergia, Alexandro Alves, apresentou alguns dados sobre a produção de cana em Goiás e fez um prognóstico da safra deste ano. Em uma sala lotada no stand do Sistema e Sindicato Rural de Rio Verde os produtores ouviram atentamente os dados repassados pelo especialista.
Alexandro comentou que as indústrias sempre culpam as questões clim áticas pelas baixas na produtividade da cana. “Nem sempre a culpa é do clima. Muitas vezes a falta de investimento em tecnologias para aumentar a produção nas lavouras e o envelhecimento dos canaviais são os maiores responsáveis por essas baixas”, acusa. Segundo ele, quase 10% da cana processada em Goiás é originária de fornecedores e a tendência é de crescimento.
De acordo com o prognostico de Alexandro, a próxima safra apresenta números bastante positivos de crescimento de área (5%), produção de açúcar e álcool (8%, cada) e cana (7,8%), na região Centro-Sul. Ele comentou que na região, a estimativa de produção é de 532 toneladas de cana nesta safra. Outro dado relevante é que cerca de 90% da cana goiana entregue por fornecedores está nas mãos de produtores organizados por associações.
O mix de produção segue a projeção das safras passadas, 51% para etanol e 49% para açúcar. O assessor comenta ainda que os preços pagos ao produtor permanecerão nos mesmos patamares que nos anos anteriores, sem grandes surpresas. Já a preferencia de álcool nas usinas será pelo produto hidratado por causa de questões mercadológicas.
O Sistema Faeg/Senar e Sindicato Rural de Rio Verde realizam diversas ações no stand durante toda a Tecnoshow 2012. Venha conferir as novidades no nosso stand ou acompanhe toda a programação e as ações do Sistema Faeg/Senar no evento pelo site www.sistemafaeg.com.br.
FAEG – Federação da Agricultura do Estado de Goiás
Autor: Rhudy Crysthian
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17. Portal do Agronegócio – MG
Crescimento do valor da produção agrícola de Minas supera a média nacional
VBP do Estado deve crescer 10,4% em 2012
SEAPA MG – Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
O Valor Bruto da Produção (VBP) Agrícola de Minas Gerais, que é a soma dos valores das 20 principais culturas do Estado, dever alcançar neste ano R$ 24,5 bilhões, cifra 10,4% superior à registrada em 2011. Os dados, referentes a um estudo realizado em março pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foram analisados pela Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Seapa). Já para o Brasil, a previsão de crescimento do VBP é de 2,5%.
Para o café, principal produto da agricultura estadual, o VBP calculado é de R$ 11,3 bilhões, cifra 0,5% superior à do ano passado. De acordo com o superintendente João Ricardo Albanez, “a pequena evolução do valor do produto se deve aos reflexos da crise no comércio internacional, mesmo havendo expectativa de produção recorde”.
O produto agrícola mineiro em segundo lugar quanto ao valor é a cana-de-açúcar, que registra R$ 4,3 bilhões, aumento de 16,9% na comparação com 2011. Além do aquecimento do mercado interno, os produtos da cana-de-açúcar têm alcançado bons resultados no mercado externo. No caso do etanol, Minas Gerais registrou em março exportações de US$ 5,2 milhões, cifra 479% superior à obtida em fevereiro. Com o açúcar o Estado teve, no terceiro mês deste ano, vendas de US$ 9,2 milhões, um valor 95,6% maior que o registrado no período anterior. Albanez observa que o café e a cana-de-açúcar contribuem com 63,5% do VBP agrícola mineiro.
Em terceiro lugar na relação dos produtos agrícolas mineiros mais valorizados está o milho, com o VBP estimado de R$ 3,2 bilhões, cifra 12,5% superior à do ano passado. Este produto, segundo Albanez, beneficia-se sobretudo do expressivo aumento da produção do grão, para dar suporte principalmente ao crescimento da produção de aves, suínos e bovinos.
A batata também mostra bons resultados com um VBP estimado de R$ 947,2 milhões, equivalentes a um crescimento de 30,0% em relação ao valor obtido no ano passado. Para o algodão em caroço, que tem uma previsão de R$ 224,6 milhões, o crescimento é de 22,8%.
De acordo com o estudo, a soja em grão é um dos produtos da agricultura mineira com previsão negativa (-1,5%), pois o valor calculado é de R$ 2,1 bilhão. Outro produto citado é o feijão, que tem VBP estimado em R$ 1,0 bilhão, cifra 0,6% inferior à apresentada em 2011.
Números do Brasil
O Ministério da Agricultura informa que o VBP da agricultura brasileira em 2012, com base nos estudos de março, é de R$ 218,6 bilhões. Os produtos que lideram o aumento do valor são algodão (27,2%), batata inglesa (156,7%); cana-de-açúcar (20%) e milho (14,5%). Os bons resultados são devidos aos preços favoráveis e aos melhores níveis de produção.
Valores da agricultura mineira
VBP: R$ 24,5 bi (+10,4%) Café: R$ 11,3 bi (+0,5%) Cana-de-açúcar: R$ 4,3 bi (+16,9%) Milho: R$ 3,2 bi (+12,5%) Batata: R$ 947,2 milhões (+ 30,0%) Algodão: R$ 224,6 milhões (+ 22,8%)