Autoridades dos EUA dizem ser prematuro acreditar que brasileiros sejam finalmente incluídos no programa Visa Waiver, que dispensa de visto de entrada de viajantes que cumprem determinados pré-requisitos, mas o presidente dos EUA, Barack Obama, deve aproveitar a visita da presidente Dilma Rousseff para mais um gesto de boa vontade nessa área: novos postos de concessão de vistos, além dos atuais no Rio, São Paulo, Recife e Brasília, devem ser abertos no Brasil.
A assinatura de um tratado na área de Previdência, que permitirá contagem do tempo de trabalho em um país para aposentadoria em outro é um dos destaques da visita. A Embraer e Boeing devem assinar um acordo inédito que inclui tecnologia para biocombustíveis. Também como gesto de aproximação, empresários americanos devem anunciar hoje concessão de bolsas de estudo e estágios a brasileiros, como contribuição dos EUA ao esforço de Dilma para incentivar a inovação no Brasil – assunto prioritário da visita.
Empresas na área de telecomunicações anunciarão a criação de centros de pesquisa no Brasil. O anúncio, durante a visita, é uma forma de destacar iniciativas que não têm paralelo por parte da China no Brasil.
Os EUA duplicarão o número de vice-cônsules no Brasil (hoje são 50) – visando brasileiros que, os com gastos próximos a US$ 6 mil por viagem, já são o terceiro maior grupo de turistas no país, só atrás de britânicos e japoneses. Outros interesses econômicos marcam a viagem, especialmente no setor de energia, onde, como em ciência e tecnologia, tem avançado a cooperação dos EUA com a Petrobras e autoridades brasileiras, em temas como prevenção de acidentes. (SL e AR)