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Indústria de etanol pede corte de impostos

Os impostos sobre o setor de etanol do Brasil deveriam ser reduzidos para tornar o biocombustível mais competitivo em relação à gasolina para o motorista brasileiro, disse ontem o diretor-presidente da Unica, a associação da indústria de cana do centro-sul, Marcos Jank.

Jank, que anunciou nesta semana que deixará a presidência da entidade, disse à agência Reuters que a indústria do etanol no Brasil enfrenta margens baixas, que têm desestimulando novos investimentos.

A Unica quer ver melhores incentivos para a indústria brasileira para produção de etanol, de modo que as margens possam melhorar. “A única maneira de fazer isso é uma menor tributação do etanol em relação à gasolina”, disse Jank, em entrevista em Londres durante visita para participar de conferência sobre a agricultura sustentável do Brasil. A cana-de-açúcar no Brasil, maior produtor e exportador de açúcar do mundo, pode ser alo cada pelas usinas para produzir açúcar ou etanol, dependendo do preço.

O etanol é taxado em um nível relativamente mais elevado do que a gasolina no Brasil, considerando que a energia gerada pelo etanol é inferior à gasolina, disse Jank, acrescentando que é tributado tanto pelo governo federal quanto pelo estadual. O imposto sobre o etanol varia de estado para estado.

A Unica quer cortes nos impostos federais de etanol, a fim de torná-lo mais competitivo com a gasolina no Brasil.

“O etanol perdeu a competitividade com relação à gasolina, e há uma equação econômica que precisa ser resolvida”, disse ele.

“Se resolvermos isso, os investimentos virão. Precisamos de novos investimentos. Precisamos de novas usinas.”