A falta de ratificação do protocolo de Kyoto faz com que o mercado de opções ainda remunere pouco as indústrias que produzem energia limpa. Atualmente, paga-se US$ 5 para cada tonelada de CO2 que deixou de ser emitida. A Vale do Rosário, por exemplo, recebeu certificado equivalente a 645 mil toneladas de CO2 por sete anos, mas não efetuou o negócio à espera de preços melhores com a entrada em vigor do protocolo. Junqueira calcula que as usinas brasileiras certificadas possam ter uma
renda extra entre 5% e 10% do seu faturamento anual com a venda de créditos de carbono. “A comercialização de créditos deve somar US$ 300 milhões ao ano para os países em desenvolvimento como Brasil, Índia e China”, comenta. Além da biomassa e do aproveitamento dos resíduos de madeira para a produção de eletricidade, também podem obter créditos de carbono para comercialização os investimentos em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), projeto de eficiência energética, energia solar, energia eólica ou qualquer projeto que diminua o consumo de combustíveis fósseis, orienta Junqueira. (Agrocast)