Após surpreender o mercado no mês passado e reduzir os juros de 18,5% para 18% ao ano, o Copom (Comitê de Politica Monetária do Banco Central) deve optar por conservar a taxa no atual patamar, contendo o aumento da pressão inflacionária provocada pela alta do dólar nas últimas semanas.
Há no mercado, entretanto, quem acredite haver espaço para um pequeno corte, de 0,25 ponto percentual, como disse ontem em relatório o Bank of America.
Também uma pesquisa com a Febraban com 61 bancos divulgada ontem aponta para uma taxa de juros básica 1 ponto percentual menor no fim do ano, de 17% -o mesmo tanto que a taxa recuou nos últimos 12 meses, desde julho de 2001.
Um eventual corte nos juros pode, por um lado, estimular a produção ao diminuir o custo do crédito. Por outro, uma taxa menor pode aumentar a inflação, incentivando o consumo e alta dos preços e também levando investidores a migrarem de investimentos cuja remuneração se baseie nos juros em direção ao câmbio. (Folha de SP)