Dos 3,3 mil megawatts (MW) gerados por fontes alternativas que serão contratados pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa), lançado oficialmente em 30/03, pelo presidente Lula, ao menos 700 megawatts devem ser gerados pela Koblitz. Segundo o presidente da empresa, Luiz Otávio Koblitz, desse total a companhia deve participar em 500MW como fornecedora de equipamentos e tecnologia para operação de usinas. Os outros 200MW serão gerados através de projetos em sociedade, com participação da Koblitz.
A expectativa da empresa é que esses 200 MW sejam distribuídos em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), no Centro-Oeste, e em usinas térmicas, instaladas no Mato Grosso e Pará, com a geração através de resíduos de madeira, e no Rio Grande do Sul, utilizando casca de arroz como combustível.
Na região Nordeste, a Koblitz ainda pretende aumentar sua participação como fornecedora de equipamentos para as usinas de açúcar, que já estão se preparando para ampliar suas plantas de geração de energia, com o objetivo de entrar no Proinfa. De acordo com o empresário, várias usinas já estão realizando estudos para aumentar sua capacidade, se adiantando à possível contratação da energia pelo Programa, na primeira chamada ou na segunda, que sairá seis meses após a primeira que sairá daqui a seis meses.
O Proinfa foi criado pelo Governo Federal em abril de 2002 e prevê a contratação de 3,3 mil MW até 2006. Essa energia será oriunda de três fontes renováveis de energia, sendo 1,1 mil MW de biomasssa, 1,1 mil MW de usinas eólicas e 1,1 mil MW de PCHs. A energia será comprada pela Eletrobrás – maior geradora energética do Brasil. Após a primeira fase do Programa, a segunda se inicia automaticamente, quando as distribuidoras comprarão, no mínimo, 10% de suas novas necessidades, com direito a repasse da tarifa ao consumidor final.