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Óleo de fritura reprocessado é alternativa viável como combustível

Do acarajé para a picape, o óleo de fritura em Ilhéus segue uma rota ecologicamente correta. Em vez de ser jogado no esgoto, entupindo encanamentos e poluindo rios, ele é transformado em combustível e utilizado em seis carros da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). A prática é adotada há dois anos e meio, e a equipe da universidade, chefiada pela professora Rosemira Serpa da Cruz, do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas, acaba de fechar um convênio com o Hotel Transamérica local. Em fase de discussão da logística do programa, dentro de 15 ou 20 dias a UESC deve começar a processar entre 1.500 e 2 mil quilos de óleos e gorduras vegetais residuais (OGR) para a rede hoteleira por mês, que vai aproveitá-lo em seus veículos.

Processado, o óleo substitui o diesel. Sem nenhuma modificação no motor dos carros normais, pode ser misturado a uma proporção de até 20%, como o álcool é adicionado à gasolina. Essa mistura recebe o nome de B20 e é utilizada nos Estados Unidos e vários países da Europa. Na Alemanha, onde há isenção de impostos para quem utiliza o biodiesel, usa-se B100 em motores adequados para o óleo, que corrói mais a borracha. De acordo com José Adolfo de Almeida Neto, professor do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais da UESC, que também participa do projeto, 5% do abastecimento na Alemanha já é de biodiesel. (O Estado de SP)

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