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Limpeza química suplanta a mecânica

Confira este mês, edição completa do JornalCana com estas e outras novidades sobre tecnologias industriais.

A falta de ´higiene´ industrial pode acarretar diversos transtornos, como queda de rendimento, desgaste de equipamentos e, em situações mais extremas, contaminações de produtos. A ´faxina´, na indústria, deve ser ampla, cuidadosa e freqüente. Nada pode ficar de fora. “A limpeza está associada ao visual e à organização da empresa, interferindo nos processo de certificação, nas ações de fiscalização e até mesmo nas negociações com clientes”, afirma o químico Fabrício Saab Pereira, gerente de controle de qualidade da Quimatec, de Araraquara, SP. Segundo ele, a limpeza química predomina, atualmente, no setor sucroalcooleiro. “O serviço é rápido e apresenta custo menor em relação à limpeza mecânica que exige um maior número de funcionários para a sua execução”, compara.

Uma das etapas da ´faxina´ química é a lavagem ácida de evaporadores, trocadores de calor, caldeiras, geradores de vapor. O uso de produtos específicos – diluídos em água – possibilita a remoção de incrustações diversas (sais de cálcio e magnésio) e remoção de óxidos de ferro. O serviço pesado fica por conta de desengraxantes industriais, compostos por solventes e agentes penetrantes. Esses produtos são usados para a remoção de graxa, óleo e substâncias gordurosas. O desengraxante da Quimatec, o Quimpol DXS, deve ser utilizado puro, por meio de pulverização, imersão, pincel, estopa. Só depois de deixar escorrer o excesso do produto, a limpeza é completada com jatos de água.

Todas as aplicações seguem recomendações específicas. “A maioria dos nossos produtos é voltada para equipamentos de aço inox. O Quimpol F, mais diluído, é eficiente, também, na limpeza de aço carbono. Os representantes técnicos da empresa (químicos e engenheiros) orientam sobre a compra e utilização dos produtos”, informa o gerente. Para ele, o agendamento da limpeza, na safra, está vinculado à quantidade de moendas e às possibilidades de paradas. “O ideal é trabalhar em rodízio”, observa. Na opinião de José Ieda Neto, gerente da Divisão Industrial da Usina São João, de Araras (SP), a periodicidade depende do tipo de açúcar produzido, da qualidade da cana, do processo de tratamento do caldo, entre outros fatores. Além da manutenção geral, realizada na entressafra, a São João faz a limpeza do evaporador a cada período de 15 a 21 dias – a freqüência varia de acordo com a qualidade da matéria-prima. A “faxina” é realizada quinzenalmente, em média, no pré-evaporador e uma vez semana no aquecedor. No caso de entupimento da tubulação, ocorre a desobstrução por hidro-jateamento.

Matéria completa na edição de março do JornalCana.