A Equipalcool, de Sertãozinho (SP), está trazendo para o Brasil – em parceria com a Calgon Carbon Corporation, dos Estados Unidos – um revolucionário sistema de produção de açúcar cristal refinado a partir do caldo de cana, sem a utilização de enxofre. Esse processo, que possibilita a obtenção de açúcar abaixo de 40 de cor, exige apenas um novo arranjo na tubulação, não havendo necessidade de grandes alterações na planta da usina.
Segundo o diretor de produção industrial da Equipalcool, Reinaldo Alioti, o sistema – conhecido como White Sugar Mill — WSM, ou seja, Usina de Açúcar Branco – deverá estar em funcionamento, no Brasil, em 2.005. Antes disso, haverá a “tropicalização” do processo, com a realização de testes de protótipos, que começarão a ser avaliados, ainda em 2.003, na Usina Caeté, em Alagoas., do Grupo Carlos Lyra. “Só falta definir se a implantação será na filial Marituba ou Cachoeira. No próximo ano, serão feitos testes no Centro-Sul”, informa Alioti.
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Esse processo de produção, com enxofre zero, inicia-se no caldo decantado, que após a pré-vaporação, passa por uma etapa de ultrafiltragem para a retirada de sólidos. “O tratamento, totalmente automatizado, é feito com resinas que possibilitam a desmineralização do caldo”, explica o diretor da empresa de Sertãozinho.. Para a obtenção do açúcar refinado com cor abaixo de 40, o caldo chega a 100 de cor e volta para a evaporação com 400 a 500 de cor. “O sistema tem incrustação zero e cinza zero”, ressalta.
Antes de ser utilizado em usinas, o processo foi testado em uma fábrica de lecitina de mel em Durban, África do Sul. A Calgon Carbon já implantou o WSM em unidades de açúcar de outros países. No Brasil, onde se obtém um caldo de qualidade superior em relação a usinas do exterior, a expectativa é altamente positiva. “A qualidade do açúcar, nesse processo, é fantástica”, ressalta. A iniciativa da Equipalcool está despertando o interesse de usinas que estão atentas às necessidades do segmento do mercado que exige açúcar de primeira linha.
