A necessidade de cruzar o Atlântico para vender os automóveis que o mercado latino-americano não pode comprar está levando as montadoras brasileiras a mudarem suas estratégias globais. Além de desenvolver produtos que não estavam nos planos iniciais, a indústria automobilística terá de fazer novos investimentos para adaptar produtos a mercados mais exigentes, como o europeu, se quiser desovar ali parte do excesso da capacidade de suas fábricas. A Volkswagen, maior exportadora de carros do País, precisou convencer a matriz alemã da necessidade de fabricar um produto dirigido aos consumidores da Europa. Na estratégia traçada pelo grupo há cerca de cinco anos, a filial brasileira seria responsável pelo abastecimento da América Latina e, no caso da fábrica do Paraná, também os Estados Unidos, com o Golf. Com a derrocada das vendas na região, o portfólio de clientes precisou ser diversificado. “Estamos negociando com mercados onde antes não imaginávamos chegar”, diz Leonardo Soloaga, gerente de Exportação da Volks. África do Sul e Oriente Médio estão na lista de prováveis compradores. Para essas regiões não há necessidade de grandes mudanças no carro feito no Brasil. Mas para a União Européia será preciso desenvolver novos produtos, além de providenciar adaptações em veículos já em produção para adequá-los às rígidas normas locais de segurança e de emissão de poluentes. Depois de obter o aval da matriz, a Volks já está investindo em um veículo dirigido aos países da Europa. No plano da montadora de aplicar R$ 3 bilhões no período 1998-2003 não constava esse gasto. Por isso, é preciso deslocar verbas e, se preciso, adicionar novos recursos nesse projeto, afirma Soloaga. Há cinco anos, 70% das exportações da empresa eram destinadas aos países latinos, sem contar o México. No ano passado o porcentual caiu para 12,5%. (O Estado de SP)
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